sábado, 16 de maio de 2009

LEITURA - MAIS FELIZ QUE DEUS


A vida foi feita para sermos felizes. Você acredita nisso? É verdade. Sei que pode não parecer quando você olha à sua volta, mas é verdade. A vida foi feita para sermos felizes. Você existe para ser feliz. E se por acaso você é feliz, deveria ser ainda mais. Mesmo que você já seja muito feliz, pode ser ainda mais. Quanto mais? Exatamente quão mais feliz você pode ser? Bem... você pode ser mais feliz que Deus”.

Se você já leu algum livro de Neale Donald Walsch certamente reconheceu sua linguagem e seu modo incisivo de conversar com o leitor. Autor da série “Conversando com Deus”, obra traduzida para 37 línguas, lida por milhões de pessoas e que figurou por dois anos e meio na lista dos mais vendidos do New York Times, ele agora volta a afirmar que temos o poder de transformar nossa vida numa experiência extraordinária em seu mais novo livro “Mais feliz que Deus”.

Mais feliz que Deus”, 184 páginas, R$ 29,90 é uma publicação da Agir Editora.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Vilões


Vilão, vilãs... Há histórias para contar sem a presença deles? Praticamente impossível. Pelo menos eu não consigo lembrar alguma. Seja em telenovela, livro, cinema ou peça de teatro e até mesmo em letras musicais. Parece que há sempre uma balança onde o bem e o mal deve ser pesado. Os bons de um lado e os ruins do outro.

Embora algumas histórias – famosas por sinal -, elejam apenas um vilão e nele centre todo o enredo da trama, o que se percebe atualmente é que essa fórmula está ficando em desuso. Ou não estava mais surtindo efeito, pois o que se tem assistido é uma profusão, ou melhor, uma salada de vilões em um mesmo folhetim. Vejam o exemplo da novela “Caras & Bocas”, de Walcyr Carrasco. Mãe, filha, filho, ex-namorada, pai dela e outros tantos que se movimentam apenas no intuito de praticar o mal contra a mocinha da trama, interpretada por Flávia Alessandra.

Isso nos deixa confusos quanto ao recado que o autor quer passar... Poderia ser a mensagem de que o mundo é deles? A beleza e o sucesso também? E o carisma? A boa moça ou o bom rapaz se tornaram chatos, insípidos? Excetuando-se as velhas histórias infantis onde a bruxa era feia, velha, desdentada e cheia de verrugas, as malvadas de hoje possuem beleza e ambição social e intelectual, pois são esses as chamas da vaidade que alimentam o ego. E o ego cobra sempre mais de quem tem uma baixa auto-estima. Por mais contraditório que isso possa parecer.

Em um passado ainda recente, o Brasil assistiu as maldades da personagem Flora, interpretada magnificamente por Patrícia Pilar na novela “A Favorita” da Globo. Nos capítulos finais quase se sublimou as maldades dela, tamanho foi o seu carisma. A personagem se valeu da beleza e da escolha de um visual impecável no vestir, tornando agradável a visão da sua imagem. Foi uma química perfeita. Enquanto mocinha, na primeira parte da trama, era o típico patinho feio.

Em “O Bem, o Mal e mais Além”, o psiquiatra e escritor Flávio Gikovate faz uma reflexão entre os generosos e e os egoístas, leia-se bons e maus, e como um olhar mais aprofundado sobre os dois nos faz perceber que, por vezes, há uma linha tão tênue entre eles que se torna extremamente difícil estigmatizá-los. “O bem e o mal não são entidades afetivas; são construções, quase mitos, que foram elaboradas ao longo dos milênios e, de certa forma, transformadas em uma dualidade tida como inevitável. Deus e o Demônio lutam e lutarão para sempre! Assim, o bem depende do mal para se definir e ter existência, da mesma forma que o mal é definido por comparação com o bem”, diz Gikovate.

Devemos deixar de nos comportar como viciados das sensações que adulam o nosso ego. Há uma saída para nós reagirmos ao mal, deixando-o refém dos folhetins. O próprio Gikovate aponta a direção: “É preciso muita força interior para resistir às pressões que sofremos para aderirmos às tentações. Precisamos estar conscientes e atentos o tempo todo.”  

Rosane Leiria Ávila (publicado no caderno Mulher Interativa, do Jornal Agora, www.jornalagora.com.br, ed. 16 e 17 de maio de 2009)